30 de julho de 2010

Batalha do Vimeiro 1808 - IV Parte


No dia anterior as patrulhas da Cavalaria francesa avistavam os Ingleses no vimeiro.

Bem cedo na manha de 21 os Ingleses colocaram o dispositivo de defesa em manobras, a infantaria e a artilharia tomaram posição nas zonas altas em redor do Vimeiro e nas encostas onde o ângulo de visão deixava escondidas as unidades, assim os franceses não sabiam o que estava para lá das primeiras linhas de defesa.
Com este dispositivo os Soldados Ingleses contavam com a surpresa, e em superioridade numérica em termos de infantaria esta batalha seria basicamente um combate de homens contra homens.

Por volta das 8 horas uma nuvem de poeira denunciava a marcha dos Franceses a caminho do Vimeiro.
A marcha Francesa estava ordenada da seguinte forma:

Na frente um regimento de cavalaria, depois a divisão Delaborde indo a brigada Brenier á direita da estrada e a brigada Thomieres á esquerda, em seguida seguia a divisão do General Loison com a brigada Solignac atrás da de Brenier e a brigada Charlot atrás de Thomieres, seguia depois a reserva de Kellermann, a reserva de artilharia e no fim da marcha seguia a restante cavalaria de Margaron.

As colunas do exército de Junot estavam em marcha e os preparativos para as receber bem calculados pelos Ingleses que tinham decidido dar combate e não esperar pelo reforço do General Trant e dos Portugueses, que assim ficaram fora da batalha de 21.

As 9 e meia da manha, Junot lança a primeira ofensiva sobre o cabeço do vimeiro com a brigada Charlot e a brigada de Thomieres no ponto onde se encontrava o grosso das forças Inglesas, ali estava a brigada Ansturther e a de Fane, posicionada defensivamente com os atiradores a coberto da lenha, arvores vinhas e tudo o que servia de abrigo, na retaguarda e fora da vista do atacante estava a formação de linha Inglesa que apôs a chegada dos Franceses vindos do cimo do cabeço abriu fogo e desmoronou o ataque da infantaria que retirou desordenadamente para o bosque que estava perto, no terreno ficaram algumas peças de artilharia Francesas abandonadas, este primeiro ataque não teve sucesso e assim Junot perdia a iniciativa da batalha pois os escassos reforços que ele tinha não chegavam para bater a infantaria Inglesa.

Pouco depois desta ofensiva o General Kellerman avança com os granadeiros de Saint-Clair no outeiro e de Marasin directos no flanco sobre a vila do Vimeiro numa tentativa de contornar o outeiro.
Com o objectivo de quebrar a defesa ali estacionada, as linhas de ataque descarregam toda a força sobre a zona da Igreja e do cemitério que foi reforçada por Wellesley com a brigada Ackland para conter este ataque e contra atacar o flanco dos granadeiros, no cemitério foi onde os combates mais violentos se travaram, a coberto dos muros e da elevação do terreno os Ingleses resistiram a todos os ataques dos Granadeiros e mais uma vez sem reforços os Franceses não quebraram a defesa, em desespero efectuam uma retirada desordenada e logo que a iniciaram os Ingleses laçam a cavalaria dos Dragões de Taylor em sua perseguição.
A cavalaria Portuguesa acompanhou o ataque mas recuou aos primeiros tiros…

Em resposta Junot avança com os dragões e com a Cavalaria Ligeira, mais experiente e com alguma manobra no terreno conseguem fazer recuar os Ingleses e aliviam a pressão da retirada, que foi definitiva pois a Batalha no centro em redor do Vimeiro estava terminada.

O ataque que deveria ter sido em simultâneo no lado oposto não o foi, a tentativa de passar a ribeira de Toledo causou problemas aos franceses.
A brigada Brenier encontrou dificuldades e fez um movimento de flanco ficando isolada da outra brigada, a brigada Solignac atravessou o ribeiro perto da Ventosa e posicionou-se para combate em frente das brigadas Inglesas de Fergusson, Nightingale e Bowes.

Isolados os Franceses Solignac atacou sem sucesso, e mais tarde depois do movimento de flanco e a vez de Brenier atacar na altura da Ventosa mas também sem capacidade de derrotar os Ingleses que respondem de frente e com a brigada Crawfurd no flanco, Brenier e feito prisioneiro.

Duas horas e meia depois do inicio da Batalha esta termina, com o atacante esgotado e sem animo a retirada é geral a caminho de Torres Vedras.

Os Franceses assinam a paz e a convenção de Sintra, que permite a retirada de Portugal ao invasor com armas e bagagens a caminho de França.

Assim termina a 1º Invasão Francesa.
Vitor Manuel Mestre - 2010

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